FUNDOS DE PENSÃO: O QUE É A META ATUARIAL DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS?

Os planos de benefícios de previdência complementar têm uma característica essencial: servem para gerar benefícios aos participantes no longo prazo. Rentabilidade imediata não é o objetivo. As pessoas acumulam recursos nos fundos de pensão poupando por 20, 30 anos ou mais. Mas, como garantir que esse resultado de longo prazo será entregue? É aí que entra a chamada “meta atuarial”.


O que é meta atuarial?
O conceito se adequa mais aos planos que têm os benefícios já definidos (BD). Para os planos de contribuição definida ou contribuição variável (CD e CV, respectivamente), o conceito mais utilizado é o da meta de referência. Os gestores dos planos BD, a partir de estudos feitos pelos atuários, definem uma meta de rentabilidade para garantir o resultado necessário ao pagamento dos benefícios dos participantes. Essa meta leva em conta as características do grupo (faixa etária, expectativa de vida, média salarial etc) e define o quanto os investimentos deverão se valorizar para garantir o equilíbrio do plano de benefícios. Já os gestores de planos CD e CV, definem a meta de referência buscando garantir um benefício que seja adequado às expectativas dos participantes (o benefício só é definido na data da concessão)

Como é definida a meta atuarial?
Cada plano pode ter a sua própria meta, de acordo com as necessidades de cada grupo. A meta atuarial pressupõe um percentual de rentabilidade, uma taxa estabelecida para além da inflação do período fixado. Por exemplo: INPC + 5% a.a.. Isso quer dizer que, ao longo daquele ano, por exemplo, os investimentos deverão render 5% acima da inflação para que atinjam os resultados mínimos necessários ao equilíbrio do plano.

O que é déficit e superávit?
Sempre que os investimentos dos planos da modalidade benefício definido superam a meta atuarial, desde que as demais variáveis se comportem conforme foram projetadas, é gerado o que se chama de superávit. Esse superávit representa o resultado além da meta. Quando a rentabilidade fica abaixo do mínimo esperado, o quadro é de déficit. Ainda que o patrimônio do plano tenha crescido, mesmo que não tenha se realizado qualquer prejuízo, a rentabilidade abaixo da meta normalmente leva a um déficit.

É melhor estabelecer uma meta mais baixa ou mais alta?
Tudo depende da necessidade de cada plano. Alguns planos precisam de metas mais “agressivas” para garantir a recuperação mais rápida de um resultado, por exemplo. Outros podem ser mais conservadores por já estarem em equilíbrio. Metas mais baixas podem ser atingidas mais facilmente, mas os resultados alcançados também tendem a ser mais modestos. Assim, os participantes precisam estar atentos. Nos planos de benefício definido, essas metas estariam sendo bem dimensionadas? Nesse tipo de plano, como o nome sugere, os benefícios já estão definidos e os recursos acumulados devem ser suficientes para fazer frente aos seus pagamentos. Se a meta/rentabilidade ficar aquém do necessário, normalmente a alternativa é o pagamento de contribuições extraordinárias para a cobertura dos déficits que provavelmente venham a surgir.

E para os planos das modalidades Contribuição Definida e Contribuição Variável?
Aqui há uma certa incompreensão porque não aparecem os déficits. Quando a meta de referência é muito baixa, os resultados dos investimentos tendem a acompanhá-la, o que se reflete  diretamente no volume de recursos que serão acumulados e consequentemente no valor da cota do plano. Nesse caso, o benefício será menor.

Fonte: Anapar (04/09/2018)

Nota da Redação: Todos planos de benefícios previdenciários da Sistel estão com a meta atuarial de INPC + 4,38% neste ano.
O plano assistencial PAMA ficou com a meta de INPC + 3,80%.
Cabe lembrar que quanto maior a taxa atuarial dos planos, maiores serão os desafios dos gestores e maiores serão os benefícios futuros dos participantes ativos. Esta elevação ocasiona maiores sobras no plano pela redução de suas reservas matemáticas, refletindo-se na maior segurança do plano.

Fonte: Blog Aposentelecom

APOS (ASSOC. APOSENTADOS CPQD): SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DOS ASSOCIADOS PARA A APOS

Vide comunicado emitido pela Diretoria Executiva da APOS a respeito da decisão tomada pela assembléia da Fenapas relativa a desistência de sua ação judicial contra a Sistel visando a destinação integral dos superavits de 2009, 2010 e 2011 do plano PBS-A unicamente aos assistidos do plano e também sobre a retaliação da Sistel, em consequência desta mesma ação, cancelando convênio que mantinha com as Associações filiadas a Fenapas para desconto em folha das contribuições dos associados:

“Caros associados,
Como temos informado, a SISTEL cancelou há dois meses o convênio que mantinha com a APOS e com outras Associações para desconto em folha das contribuições dos associados.
Ao longo desse tempo, ficou claro que a decisão da SISTEL era uma forma de retaliação contra as associações filiadas à FENAPAS – Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Participantes em Fundo de Pensão do Setor de Telecomunicações. Entre as filiadas, encontra-se a APOS.

A FENAPAS entrou em meados de 2017 com uma ação na Justiça contra a SISTEL. O objeto da ação é a distribuição do superávit do plano PBS-A referente a 2009, 2010 e 2011 exclusivamente aos participantes e assistidos do PBS-A, sem distribuição de parcela dele às operadoras de telecomunicações.

É fundamental esclarecer que o Conselho Deliberativo da SISTEL tomara posição em favor de distribuir para os participantes e assistidos somente 50% do superávit, o restante sendo repartido entre as operadoras de telecomunicações que assumiram o antigo Sistema TELEBRÁS. A FENAPAS argumentou na ação que tal procedimento era manifestamente ilegal, contrariando, inclusive, a própria Lei Complementar n.109/01, que regula a Previdência Complementar.

A decisão da SISTEL de romper os convênios atingiu todas as associações de aposentados em telecomunicações filiadas à FENAPAS. Algumas dessas associações, com receio de não conseguirem sustentar-se de outra forma senão com o desconto em folha, solicitaram a realização de uma nova Assembleia Geral da FENAPAS e lograram aprovar a retirada da ação.

Hoje, dia 11 de setembro de 2018, a SISTEL enviou um e-mail à APOS comunicando a retomada do convênio e, praticamente ao mesmo tempo, enviou mensagem aos associados informando sobre a reativação do desconto a partir do mês de setembro.

A Diretoria da APOS entende ser essencial a sua independência perante a SISTEL na defesa de todo e qualquer direito dos assistidos e participantes que estejam assegurados na legislação, não se sujeitando ao uso do recolhimento em folha das contribuições dos associados como instrumento de pressão.
Para tanto,independentemente da retomada do convênio pela SISTEL, a Diretoria da APOS continuará no processo de implantar a cobrança das contribuições na plataforma web da VINDI, conforme informado anteriormente. Outros passos desse processo serão comunicados a todos tão logo as etapas de implantação forem concluídas. 
Como todo novo sistema, serão necessários testes e correção de problemas na customização. Ainda não temos uma data exata para que a cobrança passe a ser efetuada pela plataforma web. A Diretoria está avaliando, inclusive, a conveniência de uma transição gradual para a nova sistemática de cobrança. 
Contamos com a compreensão e o apoio de todos os associados na transição e operacionalização do novo sistema. 
A Diretoria”

Fonte: APOS – Assoc. Aposentados do CPqD e coligadas (11/09/2018) e Blog Aposentelecom

SISTEL: COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO DA SISTEL A SEUS PARTICIPANTES E ASSISTIDOS É AINDA PÍFIA

Os fatores mais preponderantes para medir a transparência e a segurança de uma instituição é a forma e o número de comunicados emitidos por ela junto a seus clientes

Numa contabilização rápida efetuada no site da Fundação Sistel, não encontramos nenhuma notícia gerada neste ano (a última é de 06/12/2017).
Já quanto as mensagens (e-mails) geradas diretamente aos participantes e assistidos de todos os planos, somente 7 foram enviadas neste ano. Isto considerando-se que o maior plano da Sistel, o PBS-A, com mais de 22 mil assistidos, ainda encontra-se em fase de negociação para a devida destinação de seu superavit desde 2012 e nenhuma notícia a respeito destas negociações foi enviada a estes assistidos.

Nem mesmo o aplicativo Sistel, lançado recentemente e idealizado para comunicação direta, via smartfones, com os participantes e assistidos, através de uma área restrita, é devidamente atualizado e não apresenta mais os gráficos atualizados de rentabilidade dos planos e a participação da carteira de investimento de cada plano, informações estas de grande interesse deste público.

Somente para efeito de comparação, este blog independente, o Aposentelecom, Vida de Aposentado em Telecom, que foi criado há 9 anos com o único propósito de melhor informar os participantes e assistidos, cobrindo a lacuna deixada pela Sistel, já publicou, somente neste ano, 30 notícias a respeito da Fundação Sistel e de seus diversos planos de previdência e assistencial.

Acabamos de ser informados, através da seguinte postagem, que 37 profissionais e gestores da Sistel acabam de participar de um treinamento fechado in company, baseado no padrão Disney de excelência, com a finalidade destes colaboradores obterem padrões elevados no atendimento de seu público, aliado a uma comunicação de excelência, considerando que a entidade tem como missão oferecer segurança aos participantes, assistidos e patrocinadores na gestão dos planos de benefícios e saúde.
Com isso os participantes e assistidos esperam que esta melhoria venha a render frutos rapidamente com o objetivo de tornar sua entidade mais transparente e por conseguinte, mais segura aos olhos destes clientes.

Fonte: Blog Aposentelecom