TV MOSTRA COMO MUDANÇAS IMPACTAM A ATUÁRIA

As entrevistas gravadas durante o seminário “Aspectos Atuariais em Cenário de Mudança” mostram que a capacitação técnica será o diferencial para a implantação do planejamento atuarial e a qualidade das decisões que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) passará a monitorar junto às EFPC.

 Em 2013, a PREVIC pretende promover a divulgação do Guia PREVIC de melhores práticas atuariais e esclarecer dúvidas sobre as alterações trazidas pelas Resoluções CNPC nº 9 e nº 10, parâmetros para diferentes decisões técnicas até 2018. Veja nos depoimentos de Edevaldo Fernandes da Silva e Wilma Gomes Torres.

As instruções normativas, que serão implementadas até maio de 2013, deverão incluir as colaborações dos profissionais do Sistema, segundo Antonio Fernando Gazzoni, da GAMA Consultores Associados. Para Cláudia Fernandes, da Mercer, Thiago Felipe Gonçalves, da ABRAPP, e Aline Paz (IBA) a educação previdenciária exercerá papel cada vez mais significativo junto a Participantes e Patrocinadores. Confira também as percepções de representantes das associadas ABRAPP: Fundação CESP, Visão Prev, Eletros e Fibra.

Segundo o diretor Vice-Presidente da ABRAPP, José Ribeiro Pena Neto, o Seminário Aspectos Atuariais é estratégico para estender o alcance dessa importante discussão técnica que vai influenciar e remodelar as práticas e rotinas atuariais até 2018.

As TV ABRAPP – no Seminário Aspectos Atuariais em Cenário de Mudanças – teve apoio da Ouro Preto Investimentos. Confira: http://www.youtube.com/abrapp

FONTE: Diário dos Fundos de Pensão (5/3/2013)

Idosos: Envelhecer bem é possível

 

Se não aceitarmos que já não somos o que éramos, nosso contato com o mundo aqui e agora fica prejudicado 

A criança passa por dramáticas transformações (andar, falar, conhecer o mundo etc.), mas não tem consciência delas porque lhe falta linguagem para descrevê-las. 

Depois da adolescência as mudanças continuam, mas com dramaticidade menor. 

Tão marcante em transformações quanto a infância é o envelhecimento. Nessa fase da vida temos consciência de tudo o que ocorre: perdas físicas e mentais.

Comecemos falando da reação aos imprevistos. Por que velho tropeça e cai tanto? Porque a reação ao susto e o reflexo para evitar o perigo são mais lentos. 

Falemos agora da memória, essa capacidade madrasta cuja falta castiga o idoso. Demoramos para lembrar seja lá o que for e a conversa fica entrecortada de silêncios, quase soluços. 

O conteúdo que em primeiro lugar mergulha nas sombras do esquecimento são os nomes próprios; mais uns anos e substantivos comuns também se embaralham. 

O curioso é que os adjetivos não somem. Aparecendo o nome, sua qualidade ou quantidade vem junto, dos fundos da memória. O nome está em algum lugar, algum tempo, de algum jeito. Se o substantivo emerge, traz consigo as associações. 

Os verbos não somem, mas as ações deixam de ser desempenhadas. Se o verbo desaparecer, a incomunicabilidade irá se instaurar. 

Envelhecer é perder: seja clareza, seja acuidade auditiva ou visual, velocidade de resposta física ou de linguagem, memória. 

Aí vem aquela história: velho esquece o agora e lembra o mais antigo. Não há nenhum mistério nisso. É que o antigo já se transformou em imagem e a imagem reaviva as sensações. Quase nada é inconsciente, pois envelhecer é viver as mudanças diárias. 

Sentimos a presença das mudanças. Se causam amargura, é pela não aceitação. E, se não aceitarmos que já não somos o que éramos, o nosso contato com o mundo aqui e agora fica prejudicado. 

Assim como é natural o ser humano se transformar ininterruptamente, em boa velocidade, do nascimento à puberdade, é natural envelhecer, com lentas perdas no início e mais rápidas depois. 

Aceitando que viver é assim, permanente transformação, podemos sorrir diante de perdas e transmitir (até com humor) a quem nos rodeia que estamos presentes, acompanhando o processo. 

Nada de dizer que a terceira idade é maravilhosa. Nada disso. Perder não é bom. Mas alguns conseguem ir perdendo sem muita amargura, porque acompanham as transformações dos que ainda estão ganhando. 

É a alegria do avô diante do neto. Há na atitude de acompanhar o que já tivemos no passado doses de aceitação e generosidade. Podemos ajudar. Nossa sabedoria funciona como conforto para quem está só começando. 

O olhar bondoso do idoso diante do tatibitate do nenê é sabedoria. O velho vislumbra o caminho que o bebê irá seguir. Não é um reviver nem um renascer: é uma memória.  
Fonte: Folha de S.Paulo (05/03/2013), Vida de Aposentado em Telecom